segunda-feira, 17 de junho de 2013

Abrindo um parênteses...Acho pertinente.

São meia-noite e meia do dia 18 de junho de 2013. Tenho uma prova importante amanhã na faculdade, mas não conseguirei dormir em paz antes do que vou fazer agora. Preciso deixar aqui um breve registro daquilo que parece ser a maior surpresa de toda a minha vida(e acredito que de qualquer pessoa que tenha uma breve noção do que está acontecendo).

Parece que meu país acordou. Finalmente, aquele sonho impossível tomou ares de realidade. A princípio, as manifestações pareciam apenas reivindicações pontuais, pautadas no reajuste(mais do que cogitado) das tarifas de ônibus. Nada mais normal; afinal de contas, todos sabemos que, de vez em quando, ocorrem protestos murchos e praticamente inexpressivos. Ou então, se preferirem, protestos facilmente suprimidos pelo novo corte de cabelo do Neymar, ou o escândalo envolvendo a ex de não sei quantas décadas do Naldo. Coisas do Brasil.

Não. Dessa vez, algo diferente aconteceu. Seria o florescer da consciência política da juventude tupiniquim? Uma história sem precedentes, pautada no boom das redes sociais, responsáveis pela rápida disseminação de informações pelo país/mundo afora. Gente, a bola rola. E ninguém se importa. O que é a Copa das Confederações(no Brasil, diga-se de passagem) diante de uma das maiores manifestações generalizadas da história desse país? Eu vos digo: é mais um elemento de pauta de reivindicação.

Brasileiro não quer mais Copa, não quer mais Olímpiada, não quer mais ser macaco desse circo chamado Planalto. Não pensei um dia ser possível escrever isso, mas eu acredito que o Brasil tem solução. O povo foi às ruas, ao Twitter, ao Facebook, mas não pra discutir trivialidades, e sim política, ação social, transformação. Até que enfim, alguém resolveu levar isso a sério. Agora, somos 200 milhões em ação, não mais pela Seleção, mas por uma nova Nação.